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domingo, 26 de abril de 2015

Terno pitagórico

MMN e Propedêutica:


Terno pitagórico

Em matemática, nomeadamente em teoria dos números,
um terno pitagórico (ou trio pitagórico, ou ainda tripla pitagórica) é formado por três números naturais a, b e c tais que a²+b²=c². O nome vem do teorema de Pitágoras que afirma que se as medidas dos lados de um triângulo retângulo são números inteiros, então são um terno pitagórico. Se (a,b,c) é um terno pitagórico, então (ka,kb,kc) também é um terno pitagórico, para qualquer número natural k. Umterno pitagórico primitivo é um terno pitagórico em que os três números são primos entre si. Os primeiros ternos pitagóricos primitivos são (3, 4, 5), (5, 12, 13), (7, 24, 25), (8, 15, 17), (9, 40, 41), (11, 60, 61), (12, 35, 37), (13, 84, 85), (16, 63, 65), (20, 21, 29)...

Em suma, chamam-se ternos pitagóricos aos conjuntos de três números inteiros que podem representar os comprimentos dos catetos e da hipotenusa de um triângulo retângulo.
São pitagóricos os ternos: 
3,4 e 5
5,12 e 13
7, 24 e 25
9, 40 e 41 etc.
Mas como gerar números pitagóricos?
Alguns matemáticos da grécia antiga criaram processos para gerar números pitagóricos. Um destes processos, criado por Diofanto, afirma que , dados dois qualquer números naturais, m e n, os naturais:
diferença dos quadrados de m e n
dobro do produto de m por n e
soma dos quadrados de m e n formam um terno pitagórico.
É

fácil de provar!
Também se pode provar que o raio da circunferência inscrita num triângulo em que os comprimentos dos lados são um terno pitagórico gerado pelo método de Diofanto é igual a n(m-n)
Nesta figura estão representados todos os ternos pitagóricos. As coordenadas retangulares são as medidas dos catetos de cada triângulo e a medida da hipotenusa é o módulo do complexo a+bi (para módulos menores que 4500!)



Fórmula de Euclides
Euclides, em seu livro Elementos, demonstrou que existe uma infinidade de ternos pitagóricos primitivos. Além disso, encontrou uma fórmula que gera todos os ternos pitagóricos primitivos. Dados dois números naturais m e n, o terno (a,b,c), onde:
a = m² - n²
b = 2mn
c = m² + n²

é pitagórico, e é primitivo se e só se m e n são primos entre si e possuem paridades distintas.
3,4 e 5
O primeiro terno pitagórico é formado pelos números 3, 4 e 5, já que 3²+4²=5². Mas os números 3, 4 e 5 desempenham um papel importante em todos os ternos pitagóricos. Pode provar-se, pela definição ou pela fórmula de Euclides, que num terno pitagórico primitivo:
· exatamente um dos números a ou b é múltiplo de 3;
· exatamente um dos números a ou b é múltiplo de 4;
· exatamente um dos números a, b ou c é múltiplo de 5.
Obtenção de trios (ternos) pitagóricos por fórmulas de álgebra geométrica
Dado um triângulo retângulo seja a o cateto menor, seja b o outro cateto, seja c a hipotenusa.
Dado t=2(c-b) e m=(a+b-c)/2(c-b) ou m = b/(a+c-b), a álgebra geométrica permite a obtenção das equações.
a = t(2.m + 1),b = t(2.m^2 + 2.m), c = t(2.m^2 + 2.m +1).
Quando fixamos um valor para t e variamos o valor de m obtemos toda a série existente de triângulos retângulos, todos diferentes entre si, pois o parâmetro m define sempre a forma do triângulo, ou seja fixa os seus ângulos agudos.Isto fica evidente, porque a tangente dos ângulos agudos não possui o parâmetro t nas suas expressões.
Quando fixamos um valor para m e variamos o valor de t obtemos toda a série de triângulos daquela forma definida pelo parâmetro m. Porém todos com diferentes áreas entre si, pois o parâmetro t é um parâmetro de escala, ou seja define a variação do tamanho ou área.
Ternos pitagóricos primitivos
Para obtermos ternos pitagóricos primitivos devemos ter:
Valores inteiros para t,e valores fracionários para m tal que m=p/q com p,q inteiros,primos entre si e p>q(sqrt)2/2.
Tomando como base o cateto menor temos uma série impar onde este cateto é sempre impar, e uma série par onde o cateto menor é sempre par.
Na série impar façamos t=q^2 e m = p/q sendo p>q(sqrt)2/2 e primos entre si, exceto q=1.
Logo :a = 2pq + q^2 , b = 2p^2 + 2pq , c = 2p^2 + 2pq +q^2 .
Neste caso temos q=1, p=1,2,3,4,5..., q=3, p=4,5,7,8,10..., q=5, p=4,6,7,8,9....
Com q=1 temos a=3,5,7,9,11..., b=4,12,24,40,60..., c=5,13,25,41,61... Com q=3 temosa=33,39,51,57,69..., b=66,80,140,176,260..., c=75,89,149,185,269....
Na série par façamos t= (q^2/2)e m=p/q sendo p>t;q(sqrt)2/2 e primos entre si.
Logo: a = pq + q^2/2 , b = p^2 + pq , c = p^2 + pq + q^2/2
Neste caso temos q=2 , p=3,5,7,9,11..., q=4, p=3,5,7,9,11..., q=6, p=5,7,11,13,15...
Com q=2 temos a=8,12,16,20,24... , b=15,35,63,99,143... , c=17,37,65,101,145... Com q=4 temos a=20,28,36,44,52... , b=21,45,77,117,165... , c=29,53,85,125,173...
Obtenção dos outros ternos pitagóricos
Para obtenção dos outros ternos, basta tomarmos cada um dos ternos Pitagóricos primitivos e multiplicar seus valores por 2,3,4,5,6....

sqrt = square root = Raiz Quadrada


http://pt.wikipedia.org/wiki/Terno_pitag%C3%B3rico

m n  Diferença dos quadrados (a) Dobro do produto (b) soma dos quadrados ( c )
2 1 3 4 5
3 2 5 12 13
4 3 7 24 25
5 4 9 40 41
6 5 11 60 61
7 6 13 84 85
8 7 15 112 113
9 8 17 144 145
10 9 19 180 181
11 10 21 220 221
12 11 23 264 265
13 12 25 312 313
14 13 27 364 365
15 14 29 420 421
16 15 31 480 481
17 16 33 544 545
18 17 35 612 613
19 18 37 684 685
20 19 39 760 761
21 20 41 840 841
22 21 43 924 925
23 22 45 1012 1013
24 23 47 1104 1105
25 24 49 1200 1201


m n  Diferença dos quadrados (a) Dobro do produto (b) soma dos quadrados ( c )
4 2 12 16 20
6 4 20 48 52
8 6 28 96 100
10 8 36 160 164
12 10 44 240 244
14 12 52 336 340
16 14 60 448 452
18 16 68 576 580
20 18 76 720 724
22 20 84 880 884
24 22 92 1056 1060
26 24 100 1248 1252
28 26 108 1456 1460
30 28 116 1680 1684
32 30 124 1920 1924
34 32 132 2176 2180
36 34 140 2448 2452
38 36 148 2736 2740
40 38 156 3040 3044
42 40 164 3360 3364
44 42 172 3696 3700
46 44 180 4048 4052
48 46 188 4416 4420
50 48 196 4800 4804









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