Doenças transmitidas pela água
A falta de água potável e de esgoto tratado facilita a
transmissão de doenças que, calcula-se, provocam cerca de 30 mil mortes
diariamente no mundo. A maioria delas acontece entre crianças,
principalmente as de classes mais pobres, que morrem desidratadas,
vítimas de diarréia causadas por micróbios. No Brasil, infelizmente mais
de 3 milhões de famílias não recebem água tratada e um número de casas
duas vezes e meia maior que esse não tem esgoto. Isso é muito grave.
Estima-se que o acesso à água limpa e ao esgoto reduziria em pelo menos um quinto a mortalidade infantil.
Para evitar doenças transmitidas pela água devemos tomar os seguintes cuidados:
- Proteger açudes e poços utilizados para o abastecimento;
- tratar a água eliminando micróbios e impurezas nocivas a saúde humana;
- filtrar e ferver a água;
- não lavar alimentos que serão consumidos crus com água não tratada como verduras, frutas e hortaliças.
As principais doenças transmitidas pela água são:
Se a pessoa vai
muitas vezes ao banheiro e as fezes saem líquidas ou muito moles, ela
pode estar com diarréia. A diarréia pode ser provocada por micróbios
adquiridos pela comida ou água contaminadas.
As diarreias leves
quase sempre acabam sozinhas. No entanto, é preciso beber líquidos para
evitar a desidratação, que é muito perigosa.
Uma criança com diarreia precisa continuar a ser amamentada ou continuar com a
alimentação. Às crianças que já comem alimentos sólidos devem ser
oferecidas misturas bem amassadas de cereais e feijão ou carne bem
cozidos, por exemplo. Depois de a diarréia passar, é bom dar a ela uma
alimentação extra, para ajudar na recuperação.
Crianças e idosos
correm maior risco de desidratação. Por isso, é importante tomar também
os sais de reidratação oral, fornecidos pelos postos de saúde. Eles
devem ser misturados em água, na quantidade indicada na embalagem.
Na falta desses sais, podemos preparar e oferecer o soro caseiro. Assim: num copo com água fervida ou filtrada, dissolvemos uma pitada de sal e duas colheres de chá de açúcar.
Originária da Ásia, mais precisamente
da Índia e de Bangladesh, a cólera se espalhou para outros continentes a
partir de 1817. Chegou ao Brasil no ano de 1885, invadindo os estados
do Amazonas, Bahia, Pará e Rio de Janeiro. Em 1893 a doença chegou a São
Paulo, alastrando-se tanto na capital quanto no interior do estado. No
entanto, no final do século XIX, o governo brasileiro declarava a doença
erradicava de todo o país. Cerca de um século depois, em abril de 1991,
a cólera chegou novamente ao Brasil. Vindo o Peru, fez sua primeira
vítima na cidade de Tabatinga, Amazonas.
A
cólera é uma doença infecciosa que ataca o intestino dos seres humanos.
A bactéria que a provoca foi descoberta por Robert Koch em 1884 e,
posteriormente, recebeu o nome de Vibrio cholerae.
Ao infectar o intestino humano, essa bactéria faz com que o organismo
elimine uma grande quantidade de água e sais minerais, acarretando séria
desidratação. A bactéria da cólera pode ficar incubada de um a quatro
dias.
Quando a doença se manifesta, apresenta os seguintes sintomas: náuseas
e vômitos; cólicas abdominais; diarréia abundante, esbranquiçada como
água de arroz, podendo ocasionar a perda de até um litro de água por
hora e cãibras.
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A cólera é transmitida principalmente pela água e por
alimentos contaminados. Quanto o vibrião é ingerido, instala-se no
intestino do homem. Esta bactéria libera uma substância tóxica, que
altera o funcionamento normal das células intestinais. Surgem, então, a
diarréia e o vômito.
Os casos de cólera podem ser fatais, se o diagnóstico
não for rápido e o doente não receber tratamento correto. O tratamento
deve ser feito com acompanhamento médico, usando-se antibióticos para
combater a infecção e medicamentos para combater a diarréia e prevenir a
desidratação. A prevenção da cólera pode ser feita através de vacina e
principalmente através de medidas de higiene e saneamento básico. A
vacinação é de responsabilidade do governo. No caso da cólera, não há
garantia de que todas as pessoas vacinadas fiquem imunes à doença.
Estima-se que a vacina existente tenha um grau de eficácia inferior a
50%.
Leptospirose
A leptospirose é uma doença bacteriana,
que afeta humanos e animais, causada pela bactéria do gênero
Leptospira. É transmitida pela água e alimentos contaminados pela urinas
de animais, principalmente o rato. É uma doença muito comum depois de enchentes, pois as pessoas andam sem proteção em águas contaminadas.
Em humanos a leptospirose causa uma
vasta gama de sintomas, sendo que algumas pessoas infectadas podem não
ter sintoma algum. Os sintomas da leptospirose incluem febre alta, dor
de cabeça forte, calafrio, dor muscular e vômito. A doença também pode
causar os seguintes sintomas: olhos e pele amarelada, olhos vermelhos,
dor abdominal, diarréia e erupções na pele. Se a leptospirose não for
tratada, o paciente pode sofrer danos nos rins, meningite (inflamação na
membrana ao redor do cérebro e cordão espinhal), falha nos rins e
problemas respiratórios. E raras ocasiões a leptospirose pode ser fatal.
Muitos desses sintomas podem ser confundidos com outras doenças, de
modo que a leptospirose é confirmada através de testes laboratoriais de
sangue ou urina.
Hepatite
É uma inflamação no fígado que pode ser provocada por vários tipos de vírus.
Os sintomas são parecidos com os da gripe e há também icterícia
(coloração amarelada da pele causada pelo depósito de uma substância
produzida pelo fígado). A pessoa precisa ficar em repouso e seguir as
orientações médicas.
Algumas formas de hepatite são transmitidas por água e alimentos contaminados por fezes (Tipo A e E). Outros tipos são transmitidos por transfusão de sangue (B, C) ou por relações sexuais.
Quem já teve hepatite não pode doar sangue, já que o vírus às vezes continua no organismo, mesmo que não haja sintomas da doença.
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Para algumas formas de hepatite (A e B) há uma vacina que pode ser aplicada em crianças e adultos
Esquistossomose
É também chamada Xistosa, ou doença do caramujo. Ela é provocada por um verme chamado esquistossomo.
Os vermes vivem nas veias do intestino e podem provocar diarréia,
emagrecimento, dores na barriga, que aumenta muito de volume
(barriga-d'água), e problemas em vários órgãos do corpo.
Os ovos do esquitossomo saem junto com
as fezes da pessoa contaminada. Se não houver fossa ou rede de esgotos,
eles podem chegar a água doce (lagos, lagoas ou riachos, margens de
rios, etc). Na água, os ovos dão origem a pequenas larvas (animais
diferentes dos vermes adultos) chamados miracídios. As larvas penetram
em um tipo de caramujo chamado planorbídeo. No interior do caramujo,
elas se reproduzem e se transformam em outras larvas, as cercárias, que
saem do caramujo e ficam nadando livres na água.
A cercária pode
penetrar, através da pele, nas pessoas que usam a água de lagos, lagoas,
riachos e outros locais para tomar banho, lavar roupa, trabalhar,
pescar ou outras atividades.
Além de tratar o doente com
medicamentos, é necessário instalar um sistema de esgotos para impedir
que os ovos atinjam a água. As pessoas precisam também ter acesso a água
de boa qualidade e ser informadas sobre as formas de transmissão da
doença.
É preciso também combater o caramujo
que transmite a esquistossomose com produtos químicos e com a criação de
peixes que se alimentam do caramujo, como a tilápia, o tambaqui e o
piau. Esses peixes podem ser consumidos pelas pessoas sem risco de
contaminação.
Água, mosquitos e doenças
Muitos mosquitos põem ovos na água parada. Dos ovos saem larvas, que depois se tornam mosquitos adultos.
Uma forma de combater as doenças
transmitidas por mosquitos é justamente evitar o acúmulo de água parada
em vasos de plantas, latas vazias, pneus velhos, garrafas, etc.
Caixas-d'água, tanques e outros reservatórios devem ficar sempre
tampados.
Veja a seguir algumas doenças transmitidas por mosquitos.
A dengue é uma das
maiores preocupações em relação a doenças infecciosas atualmente no
Brasil. O Estado de São Paulo registrou a ocorrência de 78.614 casos
autóctones (adquiridos no próprio Estado) de dengue, em 358 municípios,
entre janeiro e outubro de 2007, com considerável expansão da doença
para novas áreas. Durante todo o ano de 2006 foram registrados 50.021
casos em 254 municípios. Atualmente, temos 508 municípios infestados com
o Aedes aegypti, excluindo-se apenas alguns municípios do Vale do Ribeira e do Paraíba e das Regiões Metropolitanas de São Paulo e de Campinas.
O que é dengue?
É uma virose transmitida por um tipo de mosquito (Aedes aegypti)
que pica apenas durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex),
que pica de noite. A infecção pode ser causada por qualquer um dos
quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do vírus da dengue, que produzem as mesmas
manifestações. Em geral, o início é súbito com febre alta, dor de cabeça
e muita dor no corpo. É comum a sensação de intenso cansaço, a falta de
apetite e, por vezes, náuseas e vômitos. Podem aparecer manchas
vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo ou da rubéola, e prurido
(coceira) no corpo. Pode ocorrer, às vezes, algum tipo de sangramento
(em geral no nariz ou nas gengivas). A dengue não é transmitida
diretamente de uma pessoa para outra.
O que uma pessoa deve fazer se achar que está com dengue?
- Procurar um Serviço de Saúde logo no
começo dos sintomas. Diversas doenças são muito parecidas com a dengue, e
têm outro tipo de tratamento.
- Beber bastante líquido, evitando-se as bebidas com cafeína (café, chá preto). Não tomar remédios por conta própria, mesmo aqueles normalmente indicados para dor ou febre. Todos os medicamentos podem ter efeitos colaterais e alguns que podem até piorar a doença. A dengue não tem tratamento específico. Os medicamentos são empregados para atenuar as manifestações (dor, febre).
- Informar ao médico se estiver em uso de qualquer remédio. Alguns medicamentos utilizados no tratamento de outras doenças (Marevan®, Ticlid® etc.) podem aumentar o risco de sangramentos.
- Não tomar nenhum remédio para dor ou para febre que contenha ácido acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®, Melhoral® etc.) - que pode aumentar o risco de sangramento.
Os antiinflamatórios (Voltaren®, Profenid ® etc) também não devem ser utilizados como antitérmicos pelo risco de efeitos colaterais, como hemorragia digestiva e reações alérgicas.
Os remédios que tem dipirona (Novalgina®, Dorflex®, Anador® etc.) devem ser evitados, pois podem diminuir a pressão ou, às vezes, causar manchas de pele parecidas com as da dengue.
O paracetamol (Dôrico®, Tylenol® etc), mais utilizado para tratar a dor e a febre na dengue, deve ser tomado rigorosamente nas doses e no intervalo prescritos pelo médico, uma vez que em doses muito altas pode causar lesão hepática.
- Beber bastante líquido, evitando-se as bebidas com cafeína (café, chá preto). Não tomar remédios por conta própria, mesmo aqueles normalmente indicados para dor ou febre. Todos os medicamentos podem ter efeitos colaterais e alguns que podem até piorar a doença. A dengue não tem tratamento específico. Os medicamentos são empregados para atenuar as manifestações (dor, febre).
- Informar ao médico se estiver em uso de qualquer remédio. Alguns medicamentos utilizados no tratamento de outras doenças (Marevan®, Ticlid® etc.) podem aumentar o risco de sangramentos.
- Não tomar nenhum remédio para dor ou para febre que contenha ácido acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®, Melhoral® etc.) - que pode aumentar o risco de sangramento.
Os antiinflamatórios (Voltaren®, Profenid ® etc) também não devem ser utilizados como antitérmicos pelo risco de efeitos colaterais, como hemorragia digestiva e reações alérgicas.
Os remédios que tem dipirona (Novalgina®, Dorflex®, Anador® etc.) devem ser evitados, pois podem diminuir a pressão ou, às vezes, causar manchas de pele parecidas com as da dengue.
O paracetamol (Dôrico®, Tylenol® etc), mais utilizado para tratar a dor e a febre na dengue, deve ser tomado rigorosamente nas doses e no intervalo prescritos pelo médico, uma vez que em doses muito altas pode causar lesão hepática.
Como é feito o diagnóstico de dengue?
O diagnóstico inicial de dengue é
clínico (história + exame físico da pessoa) feito essencialmente por
exclusão de outras doenças. Feito o diagnóstico clínico de dengue,
alguns exames (hematócrito, contagem de plaquetas) podem trazer
informações úteis quando analisados por um médico, mas não comprovam o
diagnóstico, uma vez que também podem estar alterados em várias outras
infecções. A comprovação do diagnóstico, se for desejada por algum
motivo, pode ser feita através de sorologia (exame que detecta a
presença de anticorpos contra o vírus da dengue), que começa a ficar
reativa ("positiva") a partir do quarto dia de doença.
É necessário esperar o resultado de exames para iniciar o tratamento?
Não. Uma vez que, excluídas
clinicamente outras doenças, a dengue passa a ser o diagnóstico mais
provável, os resultados de exames (que podem demorar muito) não podem
retardar o início do tratamento. O tratamento da dengue é feito, na
maioria das vezes, com uma solução para reidratação oral (disponível nas
Unidades de Saúde), que deve ser iniciada o mais rápido possível.
A comprovação do diagnóstico de dengue é útil para o tratamento da pessoa doente?
Não. A comprovação sorológica do
diagnóstico de dengue poderá ser útil para outras finalidades
(vigilância epidemiológica, estatísticas) e é um direito do doente, mas o
resultado do exame comumente estará disponível apenas após a pessoa ter
melhorado, o que o torna inútil para a condução do tratamento. O exame
sorológico também não permite dizer qual o tipo de vírus que causou a
infecção (o que é irrelevante) e nem se a dengue é "hemorrágica".
O que é dengue "hemorrágica"?
Dengue "hemorrágica" é a dengue mais
grave. Apesar do nome, que é impreciso, o principal perigo da dengue
"hemorrágica" não são os sangramentos, mas sim a pressão arterial muito
baixa (choque). É importante saber que outras doenças, como a meningite
meningocócica, podem ser muito parecidas com a dengue, embora a pessoa
fique grave muito mais rápido (logo no primeiro ou segundo dia de
doença). A dengue pode se tornar mais grave apenas quando a febre começa
a diminuir. O período mais perigoso está nos três primeiros dias depois
que a febre começa a desaparecer. Pode aparecer qualquer uma dessas
alterações:
- dor no fígado (nas costelas, do lado direito)
- tonteiras, desmaios
- pele fria e pegajosa, suor frio
- sangramentos
- fezes escuras, parecidas com borra de café
- dor no fígado (nas costelas, do lado direito)
- tonteiras, desmaios
- pele fria e pegajosa, suor frio
- sangramentos
- fezes escuras, parecidas com borra de café
O que fazer se aparecer qualquer um desses sintomas?
Procurar imediatamente o Centro Municipal de Saúde ou o Hospital mais próximo.
A dengue "hemorrágica" só ocorre em quem tem dengue pela segunda vez.
Não. A forma grave da dengue também pode ocorrer em quem tem a doença pela primeira vez.
A dengue "hemorrágica" é obrigatória em que tem a doença pela segunda vez?
Não. O risco é maior do que na primeira
infecção, mas a imensa maioria das pessoas que têm a doença pela
segunda ou terceira vez não apresenta a forma grave da dengue.
Quantas vezes uma pessoa pode ter dengue?
Até quatro vezes, pois existem quatro
tipos diferentes do vírus da dengue (1, 2, 3 e 4). No Rio de Janeiro,
até agora, existem os tipos 1, 2 e 3. Cada vez que a pessoa tem dengue
por um tipo, fica permanentemente protegido contra novas infecções por
aquele tipo. É por isso que só se pode ter dengue quatro vezes.
Quem teve dengue fica com alguma complicação?
Não. A recuperação costuma ser total. É
comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de cansaço, que
desaparece completamente com o tempo.
Todo mundo que é picado pelo Aedes aegypti fica doente?
Não. Primeiro é preciso que o Aëdes
esteja contaminado com o vírus da dengue. Além disso, cerca de metade
das pessoas que são picadas pelo mosquito que tem o vírus não apresenta
qualquer sintoma.
O que fazer para diminuir o risco de pegar dengue?
O Aedes aegypti é um mosquito
doméstico, que vive dentro ou nas proximidades das habitações. O único
modo possível de evitar ou reduzir a duração de uma epidemia e impedir a
introdução de um novo tipo do vírus da dengue é a eliminação dos
transmissores. Isso é muito importante porque, além da dengue, o Aedes aegypti também pode transmitir a febre amarela.
O "fumacê" é útil para matar os mosquitos adultos, mas não acaba com os ovos. Por isso, deve ser empregado apenas em períodos de epidemias com o objetivo de interromper rapidamente a transmissão. O mais importante é procurar acabar com os criadouros dos mosquitos. Qualquer coleção de água limpa e parada, inclusive em plantas que acumulam água (bromélias), pode servir de criadouro para o Aedes aegypti.
O "fumacê" é útil para matar os mosquitos adultos, mas não acaba com os ovos. Por isso, deve ser empregado apenas em períodos de epidemias com o objetivo de interromper rapidamente a transmissão. O mais importante é procurar acabar com os criadouros dos mosquitos. Qualquer coleção de água limpa e parada, inclusive em plantas que acumulam água (bromélias), pode servir de criadouro para o Aedes aegypti.
Febre amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa causada por um flavivírus (o vírus da febre amarela),
para a qual está disponível uma vacina altamente eficaz. A doença é
transmitida por mosquitos e ocorre exclusivamente na América Central, na
América do Sul e na África. No Brasil, a febre amarela é geralmente adquirida quando uma pessoa não vacinada entra em áreas de transmissão silvestre (regiões de cerrado, florestas). Uma pessoa não transmite febre amarela
diretamente para outra. Para que isto ocorra, é necessário que o
mosquito pique uma pessoa infectada e, após o vírus ter se multiplicado,
pique um indivíduo que ainda não teve a doença e não tenha sido
vacinado.
A transmissão da febre amarela em área silvestre é feita por intermédio de mosquitos do gênero (principalmente) Haemagogus. O ciclo do vírus em áreas silvestres é mantido através da infecção de macacos e da transmissão transovariana (passado de mosquito para os seus descendentes, filhos) no próprio mosquito. A infecção humana ocorre quando uma pessoa não imunizada entra em áreas de cerrado ou de florestas. Uma vez infectada, a pessoa pode, ao retornar, servir como fonte de infecção para o Aedes aegypti, que então pode iniciar a transmissão da febre amarela em área urbana. Uma pessoa pode ser fonte de infecção para o mosquito desde imediatamente antes de surgirem os sintomas até o quinto dia da infecção. |
O Aedes aegypti torna-se capaz de transmitir o vírus da febre amarela 9 a 12 dias após ter picado uma pessoa infectada. No Brasil, a transmissão da febre amarela em áreas urbanas não
ocorre desde 1942. Em áreas de fronteiras de desenvolvimento agrícola,
pode haver uma adaptação do transmissor silvestre ao novo habitat e ocorre a conseqüente possibilidade de transmissão da febre amarela em áreas rurais ("intermediária").
Malária
Malária ou paludismo, entre outras designações, é uma doença infecciosa aguda ou crônica causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles.
A malária mata 3 milhões de pessoas por
ano, uma taxa só comparável à da SIDA/AIDS, e afeta mais de 500 milhões
de pessoas todos os anos. É a principal parasitose tropical e uma das
mais freqüentes causas de morte em crianças nesses países: (mata um
milhão de crianças com menos de 5 anos a cada ano). Segundo a OMS, a
malária mata uma criança africana a cada 30 segundos, e muitas crianças
que sobrevivem a casos severos sofrem danos cerebrais graves e têm
dificuldades de aprendizagem.
A malária é transmitida pela picada das fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles.
A transmissão geralmente ocorre em regiões rurais e semi-rurais, mas
pode ocorrer em áreas urbanas, principalmente em periferias. Em cidades
situadas em locais cuja altitude seja superior a 1500 metros, no
entanto, o risco de aquisição de malária é pequeno. Os mosquitos têm
maior atividade durante o período da noite, do crepúsculo ao amanhecer.
Contaminam-se ao picar os portadores da doença, tornando-se o principal
vetor de transmissão desta para outras pessoas. O risco maior de
aquisição de malária é no interior das habitações, embora a transmissão
também possa ocorrer ao ar livre.
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O mosquito da malária só sobrevive em
áreas que apresentem médias das temperaturas mínimas superiores a 15°C, e
só atinge número suficiente de indivíduos para a transmissão da doença
em regiões onde as temperaturas médias sejam cerca de 20-30°C, e umidade
alta. Só os mosquitos fêmeas picam o homem e alimentam-se de sangue. Os
machos vivem de seivas de plantas. As larvas se desenvolvem em águas
paradas, e a prevalência máxima ocorre durante as estações com chuva
abundante.
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Agua/Agua12.php
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Agua/Agua11.php
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Agua/Agua10.php
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Agua/Agua9.php
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